«Aqui se fala muito, falar é viver: dizer pode ser um céu. Céu, poder falar e ser ouvido. Quem fala? Muitas vozes falam dentro da minha cabeça mas a voz, só minha. Quem fala é oposto na frente. Só ir falando e vencendo. Trouxe o que perdi? Está perdido mas não veio ainda. O que quer que seja. O dia, um cego sonhando com um incêndio. A fuga é farra, a varinha da guerrilha arrebenta a esfibra. Para um forro de bodoque, bordado transbordante, a cuia de forró merecia um banzé, pensando. Cadê tuas coisas? Onde, perguntando, perguntas se respondem, ninguém estava mais se entendendo. (...) É esta terra: é um descuido, um acerca, um engano da natura, um desvario, um desvio que só não vendo. Doença do mundo. E a doença doendo, eu aqui com lentes, esperando e aspirando. Vai me ver com outros olhos ou com os olhos dos outros? AUMENTO o telescópio: na subida, lá vem. E como ARTYSCHEWSKY / Sãojoãobatavista / Vêm bêbado, Artyshewsky bêbado... Bêbado como polaco que é. Bêbado, quem me compreenderá?»
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